A moeda tem uma história de mais de 4 mil anos

O surgimento da moeda ocorreu por volta de 2000 a.C., enquanto o papel moeda é do primeiro século de nossa era.
Gansos que viviam em volta do templo em homenagem à deusa Juno, alertaram os romanos para o ataque dos gauleses, por volta de 390 a.C. O templo era próximo da casa onde eram fundidos os antigos denarios e, por isso, moeda foi uma evolução da palavra romana monere (que significa avisar). A partir desse aviso dos gansos, o templo da deusa no Monte Capitolio passou a ser chamado de Juno Moneta.
Mas o surgimento da moeda é muito mais antigo do que o império romano.
Esse surgimento remonta às proximidades de 2000 a.C., quando metais (ouro e prata) passaram a ser usados como representação do valor de grãos estocados em celeiros dos templos sumerianos, mesopotâmicos e do Antigo Egito. Graças a isso, o comércio passou a se desenvolver no chamado Crescente Fértil ao longo dos séculos seguintes.
Mas o surgimento das moedas de bronze (em diversos formatos, como peixe, chave, faca, machado, concha e enxada) teria ocorrido na China, entre 1122 e 256 A.C., com o nome dos governantes gravado e o valor.
A Grécia Antiga começou a cunhar moedas por volta do século VII a.C., utilizando imagens de animais, plantas e objetos. Coruja, pegasus e a tartaruga estavam presentes nas moedas antigas mais famosas. A primeira moeda vinculada ao valor do metal, foi cunhada na Sicília e na Magna Grécia no final do século V a.C. Na Roma Antiga a cunhagem começou a ser feita dois séculos depois, embora já se adotasse o bronze desde o século VII a.C. como um bem para intermediar trocas.
O primeiro papel moeda surgiu na China, no ano 89. Mas foram necessários mais de seiscentos anos para que a novidade fosse difundida em outras regiões por missionários. Esse papel moeda também chamou a atenção de um comerciante famoso de Veneza, Marco Polo, que viveu na China por 17 anos.
Na África Ocidental, a partir do século XI, diversos países passaram a utilizar as chamadas manilhas, moedas no formato de argola e em sua maioria feitas de cobre, que se tornaram peça fundamental para o comércio de compra e venda de escravos.
O Brasil, entre 1500 e 1808, usou o real, que havia sido criado em Portugal em 1112. Com a chegada de D. João VI, em 1808, o real passou a ser chamado de mil réis. Em 1942 os mil réis se transformaram no cruzeiro. Nossa moeda passou a ser denominada de cruzeiro novo em 1965. Voltou a cruzeiro em março de 1970 e, em 1986, ganhou o nome de cruzado. Em 1989 veio o cruzado novo, em 1990 recebeu novamente o nome de cruzeiro e, desde agosto de 1993, temos o real.
Ao longo da história da moeda no mundo ocorreram algumas curiosidades interessantes. Durante a Primeira Guerra Mundial, por exemplo, os alemães utilizaram peças de porcelana como moedas. Na França do final do século XIII, fichas metálicas onde se registravam créditos e débitos foram as substitutas das moedas que eram utilizadas. Durante a Guerra Civil Americana, selos colocados em pequenos discos de papelão, zinco ou couro também foram usados como moeda.